Objeto acoplável ao hall - projeto
Com a proposta de produzir um objeto que fosse acoplável a algum elemento do hall da EAD, que tem sido nosso objeto de estudo ao longo do mês, e tendo em vista nosso repertório adquirido nas discussões nas aulas de AIA quanto a lógica da diferença e o neoconcretismo, a programática e o acaso segundo Flusser, e a tentativa de ampliação e desobstacularização com o objeto, fizemos um brainstorm e algumas ideias surgiram, a escolhida em trio para realização foi a seguinte:
A fim de evidenciar a forma do mezanino, pouco percebida e que foge da lógica do desenho do chão que, por sua vez, influi no caminhar de quem passa, propusemos uma cortina que materializasse esse primeiro formato, de maneira a: a) tornar notável o mezanino e b) explorar o extremo da obstacularização sem criar um obstáculo verdadeiro, de modo que fosse criada uma limitação física, porém, maleável devido a sua materialidade (a princípio pensamos em barbante, que permitiria a passagem). A questão do acoplamento seria realizada utilizando o corrimão como suporte para um paralelepípedo oco de papelão, a qual estariam conectados os fios de barbante, com altura rente ao chão.

Após mais discussões e as críticas recebidas em aula, assimilamos que não seria necessária a confecção de uma cortina inteiriça do comprimento total do mezanino, então idealizamos uma única peça apta a se mover pelo corrimão. Com esse novo projeto, o foco se tornou a potencialidade do objeto de criar uma elevação completa do formato do mezanino, cumprindo a proposição (a) e, ao mesmo tempo, não criaria um obstáculo de fato, inicialmente alvo de crítica.
Os materiais utilizados seriam: papel paraná para a estrutura rígida, montado com recortes, encaixes e colagem para reforçar; fitas de revista recortadas em diferentes espessuras, coladas umas as outras formando longas tiras, de altura rente ao chão.
Também parte do projeto, o planejamento do vídeo com o storyboard pretendia guiar a direção das gravaões quando o protótipo estivesse finalizado e situado no hall. Nossa proposta era gravar o acoplamento do objeto; seu funcionamento utilizando o corrimão como trilho; e possíveis interações das pessoas com ele.
Na segunda-feira (17), dia da montagem do objeto e gravação, utilizamos elementos do storyboard como guia - como alguns dos ângulos previamente planejados - porém, nos abstivemos de seguir a sequência exata dos frames porque utilizamos do acaso das interações, e também de angulações outras, que aproveitavam mais o objeto e o espaço no vídeo, que só foram percebidas na prática, com ele já pronto. Dessa maneira, o resultado final do vídeo (x) não é precisamente definido pelo storyboard mas tem ele como base e segue sua lógica essencial.